Este livro conta a história urbana de uma pequena povoação do litoral português, o Furadouro, tomando como referência a construção de um chalé no início do século XX e confrontando-o com os palheiros construídos pelos pescadores.
Obra de poetas, até que ponto o Chalé do Furadouro se poderia inserir num movimento tardo-romântico, funcionando como estímulo associado ao nascimento da arquitectura moderna em Portugal? Episódio sem repetição no espaço da comunidade vareira, revelava uma maneira de entender a arte da arquitectura no seio da cultura portuguesa. Num tempo de revivalismos históricos, confrontado com a versão popular dos palheiros pobres dos pescadores da beira-mar, este exemplo foi trabalhado com base numa atitude que se filia no mais profundo da cultura portuguesa – a da discreta inteligência, que consistia em estar atento aos avanços do conhecimento e da técnica, integrando-os de forma útil na dimensão do possível em face das circunstâncias da produção construtiva disponível, sem perder de vista as práticas colectivas e os valores sociais do lugar. Levado pelo mar, acabou memória perdida dos valores de um passado mítico.
Este livro foi co-editado pela Dafne Editora e pelo Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
Trabalho co-financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI) e por fundos nacionais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do POCI-01-0145-FEDER-007744.
Recensões
Vasco Rosa, «A beira-mar como ela realmente foi» in Observador, 30 Setembro 2018
Abel Coentrão, «No Furadouro, à procura do que o mar (não) levou» in Público, 10 Dezembro 2018
€15,00
Equações de Arquitectura:
n.º 61
Dimensões:
136 p., 15,0×22,5 cm
Peso:
330 g
Edição:
Dafne Editora/CEAU
Data:
Julho de 2018
DL:
443255/18
ISBN:
978-989-8217-44-8
Design:
Manuel Granja