Numa obra transformada em laboratório experimental, haverá melhor crítico de arquitectura que o próprio habitante?
«Em 1995, dia 3 de Agosto, nasci eu, uns dias antes o meu pai tinha comprado uma casa em Montemor-o-Velho. Essa casa era um antigo celeiro, já tinha ardido e era enorme. (…)
A minha casa tinha uma porta no andar de cima, que agora é uma grande janela voltada para o Castelo. No sítio onde agora é a porta principal, havia uma parede muito grossa que teve de ser partida à marretada. A casa tinha, e tem, um grande quintal que, em vez de relva, tinha terra e muita pedra, três laranjeiras que continuam no mesmo sítio e a nogueira também, mas agora num espaço mais pequeno (numa espécie de rectângulo que não é bem um rectângulo), e também a garagem. Há um telheiro com um chão de cimento ao pé da lavandaria. É ali que almoçamos no Verão e também no Inverno, quando não está muito frio. À entrada do telheiro, do lado direito, está a mini-oficina do meu pai.»
Gratuito
Opúsculos:
n.º 10
Dimensões:
24 p., 15,0×22,5 cm
Edição:
Dafne Editora
Data:
Janeiro de 2008
DL:
246357/06
ISSN:
1646-5253
Design:
Manuel Granja